Fonte: www.camacarinoticias.com.br
A região de Biribeira,
localizada entre os municípios de Camaçari e Dias D’Ávila, tem sofrido
com a retirada ilegal de areia. A denúncia é do ambientalista Júlio
César dos Santos, que desde 2007 luta para cessar a exploração
irregular no local.
Com reclamações e processos abertos em diversos órgãos, inclusive no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ele teme que os estragos provocados ao Meio Ambiente sejam irreversíveis. Amanhã, uma reunião entre ambientalistas e representantes de órgãos relacionados ao Meio Ambiente – marcada para 9 horas, no espaço Cidade do Saber – deverá estudar a situação.
Segundo ele, a retirada de areia da região – associada ao desmatamento da área – foi iniciada há pouco mais de 10 anos. “Desde 1999 a região é explorada. Tentamos o diálogo com representantes da empresa que financia a retirada da areia do terreno, mas nada foi resolvido. Por isso que em 2007 tivemos de partir para a denúncia junto aos órgãos de Meio Ambiente competentes”, contou.
No local, a empresa SO Mineração e Transportes LTDA – a qual o ambientalista se refere – mantém uma guarita e controla o acesso através de correntes e “seguranças” armados.
Além de ambientalista, Júlio César é também representante dos proprietários do terreno, chamado de Fazenda Estância Dara. Segundo ele, além da exploração irregular de areia – o que configura crime ambiental – a empresa pratica ainda crime de invasão de propriedade privada, “já que a área é de propriedade dos herdeiros do espólio de João de Souza Góes, com comprovação através de documentos legais, com escritura datada de 09 de abril de 1981”, conta.
Na semana passada, na tentativa de expulsar os invasores da propriedade e, com isso, interromper a extração ilegal da areia, Júlio – em conjunto com os proprietários – realizaram um “desforço incontinenti” (quando os próprios proprietários da terra exigem diretamente aos invasores que deixem o local), porém sem sucesso.
Na manhã de ontem, o ambientalista acompanhou a equipe de reportagem da Tribuna da Bahia até o local. Por lá, a mesma movimentação relatada por Júlio César foi constatada: movimentação intensa de caminhões carregados de areia branca que – conforme Júlio – é de alta qualidade e utilizada em argamassas na construção civil.
“Essa areia abastece diversos depósitos em Salvador e a retirada é continua, ocorrendo durante todo o dia, sendo mais intensa durante a noite, numa tentativa de driblar a fiscalização”, completou.
Aberturas de estradas
O desmatamento também é visível, com aberturas de estradas para facilitar o tráfego dos caminhões. A equipe de reportagem chegou a presenciar o trabalho de tratores, “eles retiram a terra escura (tratada por eles como ruim) para chegar até a terra branca, que existe em abundância abaixo das vegetações deste solo”, explica o ambientalista. Outros trabalhadores fazem o trabalho manual.
Nas partes mais altas, eles cuidam de retirar a terra e carregar carrinhos de mão para, posteriormente, abastecer as caçambas.
Em denúncia encaminhada ao DNPM, é informado ainda que “além do dano ambiental, patrimônio a ser protegido em prol da coletividade, os agressores ainda causaram sérios danos à signatária da presente, na medida em que o interesse desta era utilizar a área para o plantio de eucaliptos e o reflorestamento com árvores adaptáveis ao local e em complemento às existentes, após a devida aprovação desse projeto nos órgãos ambientais competentes. Este projeto, visando o tão necessário reflorestamento, não mais pode ser realizado, pois a destruição ambiental é total”.
Com reclamações e processos abertos em diversos órgãos, inclusive no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ele teme que os estragos provocados ao Meio Ambiente sejam irreversíveis. Amanhã, uma reunião entre ambientalistas e representantes de órgãos relacionados ao Meio Ambiente – marcada para 9 horas, no espaço Cidade do Saber – deverá estudar a situação.
Segundo ele, a retirada de areia da região – associada ao desmatamento da área – foi iniciada há pouco mais de 10 anos. “Desde 1999 a região é explorada. Tentamos o diálogo com representantes da empresa que financia a retirada da areia do terreno, mas nada foi resolvido. Por isso que em 2007 tivemos de partir para a denúncia junto aos órgãos de Meio Ambiente competentes”, contou.
No local, a empresa SO Mineração e Transportes LTDA – a qual o ambientalista se refere – mantém uma guarita e controla o acesso através de correntes e “seguranças” armados.
Além de ambientalista, Júlio César é também representante dos proprietários do terreno, chamado de Fazenda Estância Dara. Segundo ele, além da exploração irregular de areia – o que configura crime ambiental – a empresa pratica ainda crime de invasão de propriedade privada, “já que a área é de propriedade dos herdeiros do espólio de João de Souza Góes, com comprovação através de documentos legais, com escritura datada de 09 de abril de 1981”, conta.
Na semana passada, na tentativa de expulsar os invasores da propriedade e, com isso, interromper a extração ilegal da areia, Júlio – em conjunto com os proprietários – realizaram um “desforço incontinenti” (quando os próprios proprietários da terra exigem diretamente aos invasores que deixem o local), porém sem sucesso.
Na manhã de ontem, o ambientalista acompanhou a equipe de reportagem da Tribuna da Bahia até o local. Por lá, a mesma movimentação relatada por Júlio César foi constatada: movimentação intensa de caminhões carregados de areia branca que – conforme Júlio – é de alta qualidade e utilizada em argamassas na construção civil.
“Essa areia abastece diversos depósitos em Salvador e a retirada é continua, ocorrendo durante todo o dia, sendo mais intensa durante a noite, numa tentativa de driblar a fiscalização”, completou.
Aberturas de estradas
O desmatamento também é visível, com aberturas de estradas para facilitar o tráfego dos caminhões. A equipe de reportagem chegou a presenciar o trabalho de tratores, “eles retiram a terra escura (tratada por eles como ruim) para chegar até a terra branca, que existe em abundância abaixo das vegetações deste solo”, explica o ambientalista. Outros trabalhadores fazem o trabalho manual.
Nas partes mais altas, eles cuidam de retirar a terra e carregar carrinhos de mão para, posteriormente, abastecer as caçambas.
Em denúncia encaminhada ao DNPM, é informado ainda que “além do dano ambiental, patrimônio a ser protegido em prol da coletividade, os agressores ainda causaram sérios danos à signatária da presente, na medida em que o interesse desta era utilizar a área para o plantio de eucaliptos e o reflorestamento com árvores adaptáveis ao local e em complemento às existentes, após a devida aprovação desse projeto nos órgãos ambientais competentes. Este projeto, visando o tão necessário reflorestamento, não mais pode ser realizado, pois a destruição ambiental é total”.