No post anterior falamos sobre como praticar a coleta seletiva em casa, as dificuldades e algumas soluções. Agora vamos aprofundar mais um pouco apresentando o que pode ser destinado para a reciclagem. Mas antes de falarmos sobre isso, gostaríamos de tocar num assunto muito importante no qual todos estão envolvidos: Consumo.
A preocupação com o que e quanto você consumo deve ser a sua primeira iniciativa como cidadão consciente. É preciso cada vez mais produzir menos lixo, tirar menos da natureza e devolver menos em forma de lixo para ela. Mas essa não é uma tarefa muito fácil, pois é preciso mudança de hábitos, mudança de valores e costumes. Praticar a coleta seletiva em casa e continuar consumindo 15 a 20 copos descartáveis por dia no trabalho não surge o efeito esperado para o meio ambiente. Sair comprando tudo que vê pela frente sem parar para refletir se realmente é necessário é muito comum na geração atual, impulsionada pelas propagandas e inversões de valores. Não, não estamos aqui pedindo para você ser radical e morar no mato. Apenas para que você reflita antes de comprar algo. Pergunte a si mesmo se o que vai comprar terá a utilidade que deseja, se a fábrica tem uma conduta ética com o meio ambiente e as pessoas, se as embalagens podem ser recicladas, se o produto não é maléfico ao meio ambiente, enfim, vá além do seu desejo em comprá-lo. E, depois de fazer essa reflexão, procure destinar seus resíduos para a reciclagem.
Na figura abaixo você pode observar um modelo de rota do lixo. Perfeito não é mesmo? Se esquema funcionasse perfeitamente com certeza teríamos menos lixões à céu aberto, menos construções de aterros sanitários e consequentemente menos poluição do ar, do solo e recursos hídricos, menos pobreza e mais educação ambiental. É preciso que nós, cidadãos, cobremos do poder público a implantação desse modelo em nossa cidade. Trabalho dá, mas é possível e os benefícios são muitos.
Fonte: http://www.cempre.org.br/
OS RECICLÁVEIS
Agora que você já conhece a rota ideal dos recicláveis, é importante saber que são considerados recicláveis aqueles resíduos que constituem interesse de transformação, que têm mercado ou operação que viabiliza sua transformação industrial. Para citar um exemplo: fraldas descartáveis são recicláveis (http://www.knowaste.com/), mas no Brasil não há essa tecnologia (ainda). Portanto não há destino alternativo aos lixões e aterros sanitários para fraldas descartáveis no Brasil. Logo, fraldas descartáveis não se configuram como materiais recicláveis no nosso contexto. Este exemplo também é bom para demonstrar como não há “receita de bolo” e a importância de o programa de coleta seletiva ter coerência com a realidade local, isto é, a realidade social, ambiental e econômica. Na lista abaixo há materiais ditos não recicláveis que em certas regiões tem compradores, podendo ser considerados portanto recicláveis. (Fonte: http://www.lixo.com.br/)
Veja nos quadros abaixo a lista dos recicláveis por tipo:
Nos próximos posts vamos falar sobre a história da reciclagem e seus benefícios. Até lá!
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