6 de out. de 2010

Camaçari sofre com extração ilegal de areia

Fonte: www.camacarinoticias.com.br

A região de Biribeira, localizada entre os municípios de Camaçari e Dias D’Ávila, tem sofrido com a retirada ilegal de areia. A denúncia é do ambientalista Júlio César dos Santos, que desde 2007 luta para cessar a exploração irregular no local.

Com reclamações e processos abertos em diversos órgãos, inclusive no Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), ele teme que os estragos provocados ao Meio Ambiente sejam irreversíveis. Amanhã, uma reunião entre ambientalistas e representantes de órgãos relacionados ao Meio Ambiente – marcada para 9 horas, no espaço Cidade do Saber – deverá estudar a situação.

Segundo ele, a retirada de areia da região – associada ao desmatamento da área – foi iniciada há pouco mais de 10 anos. “Desde 1999 a região é explorada. Tentamos o diálogo com representantes da empresa que financia a retirada da areia do terreno, mas nada foi resolvido. Por isso que em 2007 tivemos de partir para a denúncia junto aos órgãos de Meio Ambiente competentes”, contou.

No local, a empresa SO Mineração e Transportes LTDA – a qual o ambientalista se refere – mantém uma guarita e controla o acesso através de correntes e “seguranças” armados.

Além de ambientalista, Júlio César é também representante dos proprietários do terreno, chamado de Fazenda Estância Dara. Segundo ele, além da exploração irregular de areia – o que configura crime ambiental – a empresa pratica ainda crime de invasão de propriedade privada, “já que a área é de propriedade dos herdeiros do espólio de João de Souza Góes, com comprovação através de documentos legais, com escritura datada de 09 de abril de 1981”, conta.

Na semana passada, na tentativa de expulsar os invasores da propriedade e, com isso, interromper a extração ilegal da areia, Júlio – em conjunto com os proprietários – realizaram um “desforço incontinenti” (quando os próprios proprietários da terra exigem diretamente aos invasores que deixem o local), porém sem sucesso.

Na manhã de ontem, o ambientalista acompanhou a equipe de reportagem da Tribuna da Bahia até o local. Por lá, a mesma movimentação relatada por Júlio César foi constatada: movimentação intensa de caminhões carregados de areia branca que – conforme Júlio – é de alta qualidade e utilizada em argamassas na construção civil.

“Essa areia abastece diversos depósitos em Salvador e a retirada é continua, ocorrendo durante todo o dia, sendo mais intensa durante a noite, numa tentativa de driblar a fiscalização”, completou.
Aberturas de estradas

O desmatamento também é visível, com aberturas de estradas para facilitar o tráfego dos caminhões. A equipe de reportagem chegou a presenciar o trabalho de tratores, “eles retiram a terra escura (tratada por eles como ruim) para chegar até a terra branca, que existe em abundância abaixo das vegetações deste solo”, explica o ambientalista. Outros trabalhadores fazem o trabalho manual.

Nas partes mais altas, eles cuidam de retirar a terra e carregar carrinhos de mão para, posteriormente, abastecer as caçambas.

Em denúncia encaminhada ao DNPM, é informado ainda que “além do dano ambiental, patrimônio a ser protegido em prol da coletividade, os agressores ainda causaram sérios danos à signatária da presente, na medida em que o interesse desta era utilizar a área para o plantio de eucaliptos e o reflorestamento com árvores adaptáveis ao local e em complemento às existentes, após a devida aprovação desse projeto nos órgãos ambientais competentes. Este projeto, visando o tão necessário reflorestamento, não mais pode ser realizado, pois a destruição ambiental é total”.

21 de jul. de 2010

Olá leitores, quero compartilhar com vocês um trabalho acadêmico sobre um assunto muito importante para a nossa cidade de Dias d ´Avila e deixo o espaço aqui para a publicação de outros trabalhos já desenvolvidos no intuito de compartilharmos cada vez mais conhecimentos na área ambiental. Os trechos abaixo são da monografia de minha autoria para conclusão do curso de ciências econômicas na UCSAL. Boa leitura! 

14 de jul. de 2010




Nova Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos é aprovada no Senado

Conteúdo: portal-social
12/07/2010 11h35min
Comunicação Portal Social



O Senado aprovou, na semana passada, a lei que estabelece a Política Nacional de Resíduos Sólidos, encerrando uma novela que já durou 21 anos no Legislativo. Trata-se de um marco histórico na área ambiental, capaz de mudar em curto tempo a maneira como poder público, empresas e consumidores lidam com a questão do lixo. Entre as novidades, a nova lei obriga a logística reversa - o retorno de embalagens e outros materiais à produção industrial após consumo e descarte pela população.



As regras seguem o princípio de responsabilidade compartilhada entre os diferentes elos dessa cadeia, desde as fábricas até o destino final. Os municípios, por exemplo, ganham obrigações no sentido de banir lixões e implantar sistemas para a coleta de materiais recicláveis nas residências. Hoje, apenas 7% das prefeituras prestam o serviço.



A lei consagra no Brasil o viés social da reciclagem, ao reforçar o papel das cooperativas de catadores como agentes da gestão do lixo, com acesso a apoio financeiro, podendo também fazer a coleta seletiva nos domicílios”, destaca Victor Bicca, presidente do Cempre - Compromisso Empresarial para Reciclagem. Existem no país cerca de 1 milhão de catadores, em sua maioria autônomos, que trabalham em condições precárias e sob exploração de atravessadores.



Empresas que já adotam práticas em favor da reciclagem, dentro do conceito de sustentabilidade, terão maior campo para expansão. “A partir de regras claras”, diz Bicca, “a reciclagem finalmente avançará no país, sem os entraves que a inibiam, apesar dos avanços na última década por conta do dilema ambiental”. E ele acrescenta: “Sem um marco regulatório nacional, a gestão do lixo estava ao sabor de leis estaduais que variam de região para região e, em alguns casos, impõem taxação e metas para a recuperação de embalagens após o consumo”. O empresário lembra que, segundo estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o país perde R$ 8 bilhões por ano ao enterrar o lixo reciclável, sem contar os prejuízos ambientais.



“O atraso da lei gerou danos ambientais significativos, a exemplo da multiplicação de lixões, que neste ano resultou em mortes nas encostas de Niterói durante as chuvas de verão, além do despejo de resíduos em cursos de água”, afirma o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), responsável pela versão final do projeto na Câmara dos Deputados, onde recebeu mais de cem emendas. “Não foi um tempo jogado fora, porque nesse período a consciência da sociedade despertou para o problema e conseguimos maior convergência de posições”, ressalva o deputado.



Após a assinatura do Presidente da República, a lei voltará ao Legislativo para a regulamentação, definindo itens ainda pendentes, como incentivos financeiros e regras específicas para a logística reversa, que serão estipuladas mediante acordos entre os setores industriais. Pela lei recém-aprovada, a logística reversa começará pelas embalagens de agrotóxicos, pilhas e baterias, pneus, óleos lubrificantes, lâmpadas e produtos eletroeletrônicos e seus componentes, como computadores, telefones celulares e cartuchos de impressão.



A lei proíbe a importação de qualquer tipo de lixo. Também não será permitido catar lixo, criar animais ou morar em aterros sanitários. “O novo modelo muda o enfoque atual da gestão de resíduos, baseado unicamente na geração, coleta e disposição final do lixo”, explica Carlos Silva Filho, diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais - Abrelpe. “Agora a preocupação é mais abrangente, envolvendo desde a redução dos resíduos com práticas de consumo consciente até a otimização da coleta e novas modalidades, como o uso do lixo para gerar energia, ficando o despejo, em aterros sanitários, como última alternativa”. Carlos Silva lembra que “agora é preciso resolver como cobrir o custo da implantação desses processos, mediante novos sistemas de remuneração”.



Fonte: Planeta Sustentável

19 de abr. de 2010

Ótima oportunidade para aprendar mais sobre o meio ambiente

Vem aí o vestibular para o Curso de Nível Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental, modalidade à distância, dentre outros cursos, promovido pelo IFPE - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco. Veja no link mais informações: http://cvest.ifpe.edu.br/.
As inscrições vão de 26/04 a 06/05 e a prova será no dia 30/05/2010. Estão sendo ofertadas 25 vagas e as aulas acontecem no Colégio Anfrísia Santiago no bairro da Nova Dias d'Ávila.

A cidade apresenta uma inércia ambiental consequente da falta de conhecimento sobre os efeitos da poluição. A participação da sociedade nas ações de preservação do meio ambiente em Dias d'Ávila  ainda é muito tímida e acreditamos que na medida que o conhecimento nessa área é adquirido, o cidadão passa a ter uma atitude mais proativa em relação ao meio em que está inserido.

Quatro voluntários do Verdecicla são estudantes desse curso e contarão com o apoio necessário para vivenciar, na prática, a preservação ambiental.

Vamos estudar o meio ambiente galera.....por um presente e futuro mais saudáveis.


15 de abr. de 2010

As baronesas mostram sua cara

É só chover fora do normal que é possível ver o lago da nova tomado de baronesas, ao ponto de obstruir a passagem da água na ponte. Com medo de alagamentos, a população entrou em ação para retirar o excesso dessa planta. Mas o que poucos ali sabiam é que essa é uma planta que atua como um bioindicador, ou seja, indica que há excessos de carga orgânica  sendo lançados no lago. E pela quantidade delas ali presente....sem comentários.



Cenas como essa deveriam nos levar a reflexão de como somos inertes aos acontecimentos debaixo do nosso nariz e nada fazemos. Durante uma visita ao local  ouvi muita gente reclamando da Prefeitura. Tudo bem que ela não anda fazendo muito bem o seu papel para preservar o meio ambiente, mas cá covenhamos, e nós???? Muitos ali sabiam que a água daquele lago já não é mais a mesma porque recebe o esgoto que vem do rio do toco. E porque não fazem nada? porque não denunciam? porque não fazem manifestos para que algo seja feito? ou será que as pessoas acham que a água que está sendo poluída tem direito a voz nas conferências???


Vamos ver se no próximo inverno essa novela vai continuar...nada é feito durante o ano inteiro...côcô e mais côcô lançado no lago e quando o bicho pega, o povo tem voz! Temos que ter voz ativa antes que o problema aconteça. Uma sociedade organizada pode sim fazer valer seus direitos.



Por: Ana Botelho
Fotos: 15/04/2010


6 de abr. de 2010

Voluntários do Verdecicla participam do Seminário de Restauração Ecológica Comunitária



Acontece nos dias 06 e 07 de abril, na Cidade do Saber em Camaçari, o I Seminário de Restauração Ecológica Comunitária.  O objetivo é sensibilizar e capacitar a comunidade para a restauração ecológica do Anel Florestal de Camaçari e Dias D´Ávila, onde os participantes aprenderão a produzir e plantar mudas de árvores nativas plantadas há três anos pelo INCEC - Instituto do Corredor Ecológico Costa dos Coqueiros, através do Programa Fábrica de Florestas. Este evento é uma Iniciativa do INCECC, com o apoio do Cofic- Comitê de Fomento Industrial de Camaçari, Prefeitura de Camaçari, e BSC- Bahia Speciality Cellulose.

Nessa primeira edição conta com 40 participantes  e estão previstas a realização de mais três turmas esse ano. A maioria dos participantes são moradores de Camaçari e Dias D´Ávila, integrantes do Conselho Comunitário Consultivo do Pólo, do NUDEC - Núcleo de Defesa Comunitária e de empresa do Complexo Industrial.

A ong Ambiental Verdecicla está sendo representada pelos voluntários e estudantes do curso de graduação em Gestão Ambiental do Cefet - Pólo Dias d'Ávila: Priscila Moraes e Peterson Guimarães, além do nosso Vice - Presidente Marco Antonio Nogueira que está presente, dessa vez,  representando o Conselho Comunitário .

Essa é uma iniciativa muito importante para o nosso município que já apresenta cenários de desmatamento em diversos locais. O desenvolvimento urbano vem substituindo a área verdade da cidade.  Plantar árvores é fundamental para o equilíbrio ecológico, além de contribuir para diminuição do aquecimento global.

Vamos estudar a melhor forma de multiplicar esse conhecimento adquirido para a nossa sociedade. Se você tem alguma sugestão, deixe aqui como comentário.


26 de mar. de 2010

Caminhão derrama óleo em rio e mata mais de 10 toneladas de peixe

Técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) já constataram a morte de mais de 10 mil toneladas de peixe após um caminhão carregado de óleo virar na BR-324 no início da tarde de terça-feira (23). O acidente aconteceu próximo à cidade de Riachão do Jacuípe, a 183 quilômetros de Salvador.


O óleo caiu num riacho, próximo ao riacho do Camisão, um dos principais afluentes do rio Jauípe. São mais de treze mil litros de óleo derramado. Outros animais, como frangos e porcos, que beberam a água contaminada também morreram.

O principal risco é que a chuva, que ameça cair sobre a região, transporte a água contaminada até o rio Jacuípe. A empresa responsável pelo caminhão, a Nacional Asfalto, enviou uma equipe nesta manhã para fazer a retirada dos animais mortos do riacho e fazer a limpeza do solo atingido. Segundo um técnico do IMA, a limpeza deve durar entre 5 a 8 dias.

No último fim de semana, a população de Buraquinho, em Lauro de Freitas, se surpreendeu ao encontrar uma grande quantidade de peixes e crustáceos mortos na foz do Rio Joanes. A cor do rio estava escura e a água, malcheirosa, de acordo com o Departamento de Gestão Ambiental da Prefeitura Municipal, o que poderia ter sido causado ou por descarte clandestino de material sanitário no rio ou por herança da poluição do Rio Ipitanga, que se encontra com o Joanes em São Francisco do Conde.

Fonte: A Tarde

19 de mar. de 2010

A Barragem de Santa Helena

A Barragem de Santa Helena é uma interferência ambiental significativa no nosso município e conhecer a contribuição deste empreendimento na distribuição dos recursos hídricos superficiais e os impactos ambientais existentes é essencial para o fortalecimento da cultura ambiental da nossa cidade, pois é através do conhecimento que promovemos as mudanças necessárias para o desenvolvimento sustentável.

Antes de falarmos sobre essa barragem, é importante lembrar que o Brasil detém 11,6% de água doce superficial do mundo, mas 70% da água disponível para uso está localizada na Região Amazônica e os 30% distribuídos desigualmente no país para atender 93% da população. Por conta disso, metade da população brasileira enfrenta problemas de abastecimento de água. Devido às dificuldades como essa, é muito comum solucionar a má distribuição da água superficial através de barragens.


Sabemos o quanto são importantes os investimentos desse porte para atender as demandas sociais, porém, não poderíamos deixar de citar os impactos ambientais conseqüentes de tais empreendimentos, bem como a degradação existente ao redor da barragem e suas conseqüências positivas e negativas para as comunidades próximas.


A história


A Barragem de Santa Helena está localizada no município de Dias d’Ávila - Bahia e foi construída na década de 70, no mesmo período em que foram ampliadas as estações Vieira de Mello e Theodoro Sampaio e implantada a segunda adutora Joanes I / Bolandeira.

Localização do município de Dias d'Ávila e o lago da Represa de Santa Helena

Destruída na década de 80 durante uma das maiores cheias do Rio Jacuípe, foi reconstruída em 1999 pelo Governo do Estado devido à elevada capacidade desse rio (dez metros cúbicos por segundo), voltando a operar como reservatório auxiliar no abastecimento de água da Região Metropolitana de Salvador.


Localização da Barragem


O lago é formado pelo represamento do Rio Jacuípe e ocupa um perímetro de 300 km entre os municípios de Dias d´ Ávila, Camaçari e Mata de São João. A água represada tem como destino o abastecimento de empresas do Pólo Petroquímico de Camaçari. Antes, o abastecimento era feito através do Rio Joanes e por causa de capacidade do Rio Jacuípe (uma média de mil litros de água por segundo), foi construída uma adutora de 11 km para levar água desse rio até as empresas do Pólo.


Quando há necessidade, em épocas de estiagem por exemplo, a Embasa também bombeia a água da Barragem de Santa Helena para a Barragem de Joanes II para manter o nível de água desta última que é responsável pelo abastecimento de 40% de água para Salvador. Em 2008, quando o volume da água da Barragem Joanes II caiu para 44,96%, foram bombeados 3 mil litros de água por segundo da Barragem de Santana.

Na implementação da barragem e na sua  reconstrução,  nível da água do lago  subiu aproximadamente 14 metros encobrindo diversas localidades. As espécies que não morreram ou não conseguiram fugir com a cheia do lago, ficaram ilhados nas copas das árvores ameaçados de morte. De acordo com a reportagem publicada no Jornal A Tarde em 2001, a Embasa chegou a contratar biólogos para fazer o resgate dessas espécies. Foram encontrados iguanas, cobras diversas, sapos curururs, ninhos de pássaros que foram soltos na mata atlântica ao redor.

O alagamento, mesmo que em pequena escala, pode provocar a destruição da fauna e flora locais. Os peixes são prejudicados principalmente na piracema, pois a barragem impede de subir e desovar.

Outorga


Segundo informações da ANA (Agência Nacional da Água), para que o uso desse recurso seja utilizado de forma organizada é necessário que o Estado, por meio da outorga realize sua distribuição observando a quantidade e a qualidade adequadas aos atuais e futuros usos. Assim sendo, o instrumento de outorga é necessário para o gerenciamento dos recursos hídricos, pois permite ao administrador (outorgante) realizar o controle quali-quantitativo da água, e ao usuário (requerente) a necessária autorização para implementação de seus empreendimentos produtivos. É, também, um instrumento importante para minimizar os conflitos entre os diversos setores usuários e evitar impactos ambientais negativos aos corpos hídricos.

De acordo com o artigo 12º da Lei Federal nº 9.433/97 essa barragem está sujeita a outorga pelo Poder Público por realizar a Derivação ou captação de parcela da água existente em um corpo d'água para consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo de processo produtivo.

Essa fase do empreendimento deve ser discutido entre o Estado, Organizações do Terceiro Setor, Órgãos Ambientais e Usuários, onde o maior esforço possível deve ser feito para que todo impacto seja conhecido e minimizado e até então não conseguimos obter mais informações sobre essa etapa da implementação da barragem. Esperamos que realmente tenha existido.
 


Impactos Ambientais

  • Destruição da Mata Ciliar na região da Barragem
A mata ciliar, proteção natural contra o assoreamento das margens dos rios, está sumindo na região próxima a Barragem de Santa Helena. Mesmo sendo uma área de PRESERVAÇÃO PERMANENTE, que segundo o Código Florestal (Lei n. 4.771/65) deve-se manter INTOCADA, a mata, protegida por lei, não consegue desempenhar seu importante papel de proteção aos rios e sua contribuição para o ecossistema porque está sendo destruída para fins não conhecidos. Além disso, com a retirada da cobertura vegetal  o solo fica vulnerável a assoreamentos e com isso a terra adentra na água, deixando-a barrenta e dificultando a entrada de luz solar essencial para a vida aquática. Foram identificadas nas imagens via satélite do Wikimapia.org imensas clareiras na Mata Atlântica dessa região que estão sinalizadas em vermelho.


A imagem acima é apenas uma das áreas afetadas por desmatamentos próximos à barragem.

Madeiras provenientes do desmatamento


  •  Diminuição do lago da Nova Dias d´Ávila


Outro impacto ambiental é a seca do lago da Nova Dias d´Ávila consequente da necessidade de bombear água para a barragem do Rio Joanes II quando esta tem seu nível reduzido, principalmente em períodos de pouca chuva.


Lago da Nova seco em 2008



Destruição das margens do lago para retirada de areia


O lago está diminuindo a cada dia e suas margens estão sendo destruídas.  Além disso, já é possível observar a olho nú a alteração da qualidade da água em função do lançamento de esgotos sem o pré-tratamento.


  • Trânsito intenso de caçambas carregadas de areia


São dezenas de caçambas transitando no local diariamente carregadas de areia que vão abastecer as olarias, dentre outras finalidades.Vale lembrar que as olarias são passíveis de licenciamento ambiental.

Resta saber se todas as caçambas estão levando recurso natural legalmente autorizado pelo órgão ambiental competente e mesmo que sejam de áreas supostamente autorizadas, se estão seguindo um plano de manejo adequado para minimizar o impacto da atividade.

Já pode-se perceber uma grande modificação na paisagem da zona rural. Os morros estão sumindo e sendo substituídos por grandes áreas degradadas.

É preciso que a sociedade civil fique de olho nessas olarias. Olarias não licenciadas e não fiscalizadas podem contribuir significativamente para o desmatamento desenfreado (muitas utilizam madeira de origem ilegal para aquecer seus fornos), abrindo grande clareiras no meio da mata e prejudicando todo o ecossistema ali existente, como também podem poluir o ar com suas emissões atmosféricas não monitoradas, deixando a comunidade doente e aumentando os efeitos do aquecimento global.

Agora você, caro leitor, já conhece algumas informações essenciais sobre a Barragem de Santa Helena para formar a sua opinião a respeito e contribuir para a fiscalização do nosso meio ambiente.

Texto:
Ana Lúcia Botelho Almeida
Economista e pós-graduanda em Gestão Ambiental

Túlio Rodrigues Saraiva
Graduando em Gestão Ambiental

Fotos: Túlio Rodrigues Saraiva

10 de mar. de 2010

O fundo da folia




A conta da falta de educação dos seis dias de folia carnavalesca no circuito Barra-Ondina é paga pela natureza. Mais de 1,5 mil latas de cerveja e refrigerante e embalagens plásticas foram retiradas do fundo do mar somente entre o Porto e o Farol da Barra.

O lixo foi recolhido voluntariamente por mergulhadores e surfistas que frequentam o local, na tarde do dia 27 de fevereiro. A bióloga Samantha Nery Grimaldi, que ajudou a coordenar os trabalhos, lamenta a poluição decorrente do carnaval. “Da superfície o visual parecia com as imagens áreas que vemos dos blocos de carnaval durante a festa momesca. Só que ao invés de estarem pulando, dançando e se beijando ao som frenético e ensurdecedor dos trios elétricos, os foliões do fundo do mar estavam rolando de um lado para o outro em uma mórbida coreografia, empurrados silenciosamente pelo balanço do mar, sem dança, sem alegria, sem vida e sem poesia”, lamenta. A bióloga demonstra indignação também com os eventos realizados na praia do Porto da Barra durante o verão: O “Música no Porto” e o “Espicha Verão”. “O lixo, o mau cheiro, a degradação ambiental, o xixi pelas ruas, a impressionante quantidade de ambulantes amontoados por todos os espaços públicos e a agressão aos patrimônios históricos, são um grande “pé na bunda” do turista de qualidade”, condena.

Fonte: Rafael Rodrigues (Bahia Notícias)

8 de mar. de 2010

Telhado de PET

As garrafas pet que antes iam para o lixo em Manaus agora é transformada em telhas pela emresa TELHAS LEVE que é responsável por uma rede de revendedores em todo país. São telhas feitas a partir de garrafas de água mineral e refrigerante.



A empresa teve apoio do Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep para desenvolver um processo tecnológico capaz de transformar garrafas de plástico em telhas seguras.


Similar à telha de barro, a feita com garrafas PET é um pouco mais cara: o metro quadrado custa 36 reais, enquanto a tradicional é adquirida por 19 reais na capital do Amazonas. O peso, no entanto, começa a dar uma boa diferença entre as duas. Enquanto a telha de plástico tem 5,8 quilos, a outra chega a 60 quilos. Por isso, o custo da estrutura de uma telha de barro gira em torno de 65 a 70 reais por metro quadrado. A daquela encontrada na Telhas Leve, porém, não passa de 15 reais. Uma casa popular média necessita de 55 a 60 metros quadrados do produto.



Quanto a durabilidade dessas telhas, a princípio, todos os plásticos sofrem perda de composição devido à ação de intempéries. A expectativa era de que ela durasse por volta de 50 anos, mas não chega a tanto. É possível fazer com que demore mais, com tratamentos especiais à base de resina de poliuretano, por exemplo”, afirma o professor Elias Hage, um dos responsáveis pelo estudo.



Entre as principais características das telhas plásticas estão a resistência ao ressecamento e a fixação através de abraçadeiras de nylons especiais, o que protege contra ventos fortes. Além disso, a inclusão de aditivos anti-raios ultra violeta (uv) permite maior combate à radiação solar. O principal, no entanto, é que utiliza um terço da matéria-prima necessária à fabricação das telhas de barro e não há desmatamento de florestas ou queima da lenha nos fornos.

Contato:

Telhas Leve Manaus

92. 36317562/ 32382471/ 91228338
leve@telhasleve.com.br
www.telhasleve.com.br

Fonte:

Felipe Lobo
http://www.oeco.com.br/
Texto adaptado pelo blog.

25 de fev. de 2010

Passando o Rôdo nas Praias



Depois da realização da 1ª Caminhada de Limpeza do “Passando o Rôdo nas Praias”, onde foram retirados 300 quilos de resíduos das praias de Lauro de Freitas, o Bocão Cidadão junto com a Org. Joguelimpo traz para Salvador a próxima ação desse projeto.


O “Passando o Rôdo nas Praias”, tem como objetivo sensibilizar a população baiana para a necessidade de se cuidar melhor na destinação do lixo gerado nas praias e nas cidades, ressaltando a importância de que metais, plásticos, vidros e papéis podem ser separados e encaminhados para a reciclagem.


A 2a. Caminhada de Limpeza da Praia será nesse domingo, dia 28 de fevereiro de 2010, nas praias de Itapuã, no município de Salvador. A concentração do grupo será a partir das 9:00, na Praia da Sereia de Itapuã e seguirá até a Praia da Pedra do Sal.

Para participar e fazer a sua inscrição envie um e-mail para joguelimpo_jl@yahoo.com.br coloque no assunto “Quero Passar o Rôdo em Itapuã” e informe seu nome e data de nascimento. Os primeiros 100 inscritos receberão no local o “Kit Limpeza de Praia” (camisa, boné, squeeze, luva e saco ecológico). As inscrições também serão realizadas no local da concentração, porém não serão garantidos a estes o “Kit Limpeza da Praia”.
Para animar os caminhantes o grupo percussivo do Naiêco Capoeira acompanhará as caminhadas com músicas tradicionais e ambientais como mais uma maneira de educar os cidadãos. Os resíduos coletados serão triados e pesados pela Cooperativa Amigos do Planeta, a parte não reciclável será direcionado ao aterro sanitário.

Ao final das caminhadas será realizado um grande abraço na praia e o grupo de voluntários se posicionará para uma foto oficial, em seguida os participantes serão conduzidos para uma grande tenda onde será oferecido um lanche com frutas e água mineral.


O patrocínio é da Petrobras, com o apoio das Prefeituras de Lauro de Freitas, Salvador, Camaçari e Câmara Municipal de Salvador.



Participe!



Fonte: Org. Joguelimpo


http://www.joguelimpo.org.br/






12 de fev. de 2010

Usina Nuclear na Bahia?

Governo reafirma em Brasília interesse em instalar usina nuclear na Bahia

O governador Jaques Wagner reafirmou, em audiências com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro das Minas e Energia, Edson Lobão, no dia 11/02/2010, em Brasília, o interesse do governo baiano em habilitar-se para instalação, em seu território, de uma central nuclear geradora de energia elétrica. Lula receberá, em dois meses, o resultado dos estudos sobre a viabilidade da instalação da usina e só depois decidirá qual estado será contemplado com o investimento, calculado entre U$10 a U$ 13 bilhões, por meio de leilão. O presidente está aguardando os estudos e vai ouvir ministros e setores competentes no assunto.“A oferta de energia elétrica sempre é fator necessário à expansão do desenvolvimento baiano. O potencial hidráulico está bastante explorado, restando poucas opções para instalação de usinas hidrelétricas de grande porte. Portanto, a geração de eletricidade, por meio de usina nuclear, passa a ser uma opção estratégica relevante para a Bahia e para todo o Nordeste”, disse Wagner. Segundo ele, a obra é considerada estruturante, pois gera emprego e renda. O ministro Edson Lobão informou ao governador que vários estados nordestinos também são candidatos a construir a central nuclear e que o governo federal deseja uma confluência entre tais interesses. Wagner sugeriu estudos sobre a possibilidade do projeto de construção da central nuclear ser realizado na fronteira entre os estados, embora ache difícil tal solução.Entre algumas das exigências para a construção da central nuclear geradora de energia elétrica estão que o local escolhido para a construção seja próximo de fonte fria (disponibilidade de água de rio ou de mar) e perto de linhas de transmissão. Além disso, o terreno não pode ser poroso.

Ao mesmo tempo, o ministro Lobão disse ao governador que nos próximos 20 anos o Brasil terá que dobrar sua oferta de energia elétrica para garantir o crescimento sustentável da economia e que as usinas nucleares serão importantes para garantir a oferta de eletricidade. Um ponto positivo para a Bahia é a existência do Distrito Uranífero de Lagoa Real, localizado a 20 quilômetros a nordeste de Caetité.


Agora conheca a opinião dos ambientalistas sobre esse assunto:

De uns tempos para cá, a indústria nuclear vem usando uma estratégia de marketing para convencer a sociedade e os tomadores de decisão de que a energia nuclear é limpa porque não emite gases do efeito estufa e, assim, não contribui para o problema do aquecimento global. Em primeiro lugar, não é verdade que a energia nuclear não gera gases do efeito estufa. Para construir a usina, para extrair e enriquecer o urânio utilizado como combustível nuclear, para armazenar os rejeitos nucleares e desativar a usina ao final de sua vida útil, é necessária uma grande quantidade de energia. Este processo todo significa a emissão de muitos gases, inclusive CO2. Assim, ao se considerar todo o ciclo produtivo da indústria nuclear, temos uma energia que emite muito mais gases de efeito estufa do que qualquer tipo de energias renovável. Além disso, um estudo do Massachusetts Institute of Technology (MIT) mostrou que, para resolver o problema das mudanças climáticas, seria necessário construir pelo menos mil novos reatores no curto prazo, o que é impossível – tanto econômica quanto fisicamente. Por fim, o argumento de energia limpa não se sustenta porque a energia nuclear utiliza um combustível de disponibilidade finita e gera toneladas de lixo radioativo – uma poluição perigosa que, assim como o aquecimento global, será herdada pelas próximas gerações e permanece perigosa por centenas de milhares de anos. Além disso, a quantidade de dinheiro público empregado em usinas nucleares representa um obstáculo concreto à implementação de medidas efetivas de mitigação do aquecimento global.

Fonte:Greenpeace

2 de fev. de 2010

É festa no mar e lixo na praia

Hoje acontece em todas as praias brasileiras uma das maiores manisfestações religiosas, a Festa de Yemanjá, onde a tradição é presentear "a rainha do mar" com objetos e alimentos.

Mas, quem já teve oportunidade de ir a praia no dia seguinte com certeza deve ter ficado horrorizado com tanto lixo. Pode-se encontrar todo tipo de material que não se decompoem facilmente como vidros de perfume, pentes, sacolas plásticas etc que contribuem para impactos ambientais como morte dos animais marinhos.

Foto da homenagem em Arembepe realizada hoje (Fonte: Camacari Notícias). Observem a quantidade de barcos cheinhos de futuros resíduos a serem lançados no mar.


Estima-se que o lixo acumulado nos mares seja o responsável direto pela morte de 1 milhão de aves e mamíferos marinhos por ano. Golfinhos, focas e tartarugas engolem sacos plásticos e morrem sufocados.




Tartaruga com a carapaça deformada por ter ficado presa a um anel de plástico quando era jovem.



Muitos animais confundem resíduos plásticos com seu alimento natural. Sua ingestão pode causar o bloqueio do trato digestivo e/ou sensação de inanição, matando ou causando sérios problemas à sobrevivência do animal.




A água-viva e outros animais que se alimentam por filtragem, freqüentemente consomem o lixo flutuante ou ficam presos nele.


O lado bom dessa história é que alguns religiosos, preocupados com a questão ambiental, já adaptaram o ritual de fé de forma a causar menos impactos ambientais marinhos. Procuram levar ao mar oferendas biodegradáveis, ou seja, compostas por materiais que em poucos dias ou meses entram em decomposição, e assim não contribuem para a poluição de nossas praias. Ao invés de bonecas de plásticos, levam as de pano. Ao jogar comida no mar, ao invés de embalar em prato plástico, preferem folhas naturais. Os presentes que seriam transportados em cestas de vime, são levados em cestas de palha; além disso, recipientes de metal são substituídos pelos de madeira.


Essa é uma atitude que deveria ser seguida por todos os adeptos, já que a situação ambiental do planeta nos dias atuais já não suporta mais ações isoladas, onde somente o ritual religioso é prevalecido. É preciso refletir sobre quais ações mais sustentáveis poderão substituir as que degradam a natureza e promover essa discussão nas instituições religiosas já é um grande passo.

Referências: http://www.ycarai.org.br/natureza.htm




29 de jan. de 2010

Porque o Lago da Nova seca?


Quando há seca na Bacia do Rio Paraguaçu, o nível de água do lago da Barragem de Pedra do Cavalo (localizada no recôncavo) diminui porque as suas cinco comportas permanecem fechadas como forma de racionamento, afinal este lago é responsável por 60% do abastecimento de Salvador e Região Metropolitana, além de Feira de Santana e Região Fugameira.
Barragem de Pedra do Cavalo

Por conta disso, o reservatório que abastece em torno de 40% a nossa capital - Barragem de Joanes II-também é afetado. Para que os bairros de Salvador não passem por racionamento, a Embasa bombeia a água da Barragem de Santa Helena, no Rio Jacuípe, em Dias d'Ávila, para o Lago da Barragem de Joanes II.
Reservatório Barragem Joanes II em situação crítica - 2008

É por esse motivo que o lago da Nova Dias dÁvila em determinados períodos diminui o seu volume e algumas vezes chega até secar totalmente.

Lago Nova Dias d'Ávila - 2008


Deixe seu comentário sobre as conseqüências da seca deste lago para o meio ambiente e para a nossa cidade.


Aproveite e veja uma matéria sobre esse assunto publicada no Jornal A TARDE.


http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=840918

http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=840153

26 de jan. de 2010

II CONFERÊNCIA MUNICIPAL DAS CIDADES EM DIAS D'ÁVILA

No dia 30 de janeiro de 2010 vai acontecer a
II Conferência Municipal das Cidades
Local: Colégio Altair.
Participe também, pois este será mais um fórum democrático e deliberativo para que possamos contribuir com sugestões de projetos e politicas públicas voltadas para a melhoria da nossa cidade e o segmento ambiental não pode faltar, pois dependemos da preservação ambiental para garantirmos a nossa sobrevivência e qualidade de vida.
Lembre-se: a cidade está crescendo cada vez mais, a população aumentando e cenários de degradação ambiental já podem ser vistos em vários lugares na cidade. Se nada fizermos, muitas dessas situações serão irreverssíveis! A sua participação, como um cidadão consciente da situação atual e preocupado com o futuro, é funfamental.
Nos veremos lá!



Saiba um pouco mais:


Conferências são fóruns deliberativos, fundamentais para a democratização do processo decisório, sobre políticas públicas em todos os níveis, traçando as diretrizes para a atuação do Governo Federal, Estadual e Municipal, além de ser espaço para eleição dos segmentos que vão compor os Conselhos. Um dos aspectos mais importantes de uma Conferência é a possibilidade da participação da sociedade civil na construção de políticas públicas. A Conferência das Cidades é um processo instituído pelo Governo Federal, através do Ministério das Cidades, e que visa traçar as diretrizes da Política Urbana, nos três níveis de governo.A 4ª Conferência Nacional das Cidades será realizada no período de 28 a 31 de maio de 2010, e a 4ª Conferencia Estadual das Cidades á realizar se em 28 a 31 de março de 2010, ambas apresentando o Lema: “Cidades para Todos e Todas com Gestão Democrática, Participativa e Controle Social”, e com Tema: “Avanços, Dificuldades e Desafios na Implementação da Política de Desenvolvimento Urbano”.

19 de jan. de 2010

Reciclagem

No post anterior falamos sobre como praticar a coleta seletiva em casa, as dificuldades e algumas soluções. Agora vamos aprofundar mais um pouco apresentando o que pode ser destinado para a reciclagem. Mas antes de falarmos sobre isso, gostaríamos de tocar num assunto muito importante no qual todos estão envolvidos: Consumo.

A preocupação com o que e quanto você consumo deve ser a sua primeira iniciativa como cidadão consciente. É preciso cada vez mais produzir menos lixo, tirar menos da natureza e devolver menos em forma de lixo para ela. Mas essa não é uma tarefa muito fácil, pois é preciso mudança de hábitos, mudança de valores e costumes. Praticar a coleta seletiva em casa e continuar consumindo 15 a 20 copos descartáveis por dia no trabalho não surge o efeito esperado para o meio ambiente. Sair comprando tudo que vê pela frente sem parar para refletir se realmente é necessário é muito comum na geração atual, impulsionada pelas propagandas e inversões de valores. Não, não estamos aqui pedindo para você ser radical e morar no mato. Apenas para que você reflita antes de comprar algo. Pergunte a si mesmo se o que vai comprar terá a utilidade que deseja, se a fábrica tem uma conduta ética com o meio ambiente e as pessoas, se as embalagens podem ser recicladas, se o produto não é maléfico ao meio ambiente, enfim, vá além do seu desejo em comprá-lo. E, depois de fazer essa reflexão, procure destinar seus resíduos para a reciclagem.
Na figura abaixo você pode observar um modelo de rota do lixo. Perfeito não é mesmo? Se esquema funcionasse perfeitamente com certeza teríamos menos lixões à céu aberto, menos construções de aterros sanitários e consequentemente menos poluição do ar, do solo e recursos hídricos, menos pobreza e mais educação ambiental. É preciso que nós, cidadãos, cobremos do poder público a implantação desse modelo em nossa cidade. Trabalho dá, mas é possível e os benefícios são muitos.
OS RECICLÁVEIS
Agora que você já conhece a rota ideal dos recicláveis, é importante saber que são considerados recicláveis aqueles resíduos que constituem interesse de transformação, que têm mercado ou operação que viabiliza sua transformação industrial. Para citar um exemplo: fraldas descartáveis são recicláveis (http://www.knowaste.com/), mas no Brasil não há essa tecnologia (ainda). Portanto não há destino alternativo aos lixões e aterros sanitários para fraldas descartáveis no Brasil. Logo, fraldas descartáveis não se configuram como materiais recicláveis no nosso contexto. Este exemplo também é bom para demonstrar como não há “receita de bolo” e a importância de o programa de coleta seletiva ter coerência com a realidade local, isto é, a realidade social, ambiental e econômica. Na lista abaixo há materiais ditos não recicláveis que em certas regiões tem compradores, podendo ser considerados portanto recicláveis. (Fonte: http://www.lixo.com.br/)

Veja nos quadros abaixo a lista dos recicláveis por tipo:


Nos próximos posts vamos falar sobre a história da reciclagem e seus benefícios. Até lá!








18 de jan. de 2010

Como praticar a coleta seletiva em casa?



Destinar corretamente os resíduos é uma obrigação de todo cidadão. E a nossa responsabilidade não acaba quando colocamos os sacos de lixo na porta de casa para coleta pela Prefeitura. É justamente aí que começa o problema na maioria das vezes. Em cidades que ainda não possuem um sistema de coleta seletiva e/ou cooperativas de catadores, como por exemplo o município de Dias dÁvila, a iniciativa fica por conta do morador mesmo e que muitas vezes se sente desmotivado.

O que fazer então?

Mesmo que não existam cooperativas de catadores e tão pouco um sistema de coleta seletiva desenvolvido pela prefeitura, é possível sim destinar seus recicláveis de forma correta.

Como assim?

Na verdade é que num país como Brasil, onde o índice de pobreza e desemprego é alto, muitas pessoas sobrevivem exclusivamente da catação de resíduos. Não é muito difícil ver essas pessoas atuando em nossas ruas a qualquer hora do dia.

Catadores cadastrados no Projeto Amigo Catador da ong Verdecicla em 2006.

Mas, vamos lá, mãos na massa! ops, quer dizer mãos nos recicláveis....

O primeiro passo é tentar identificar qual catador que sempre passa na sua rua e acerte com ele o dia e horário que você colocará os recicláveis à disposição. Depois de combinar com o catador, converse com a família a respeito para que todos participem também, afinal todos geram resíduos e não só você.


1) Separe um balde grande ou um saco grande para armazenar os recicláveis;


2) A forma mais fácil de praticar a coleta seletiva em casa é separar os resíduos secos dos molhados. Não se preocupe em separar por cores, pois os catadores sempre fazem uma seleção antes da comercialização.

3) Oriente às pessoas na sua casa que são responsáveis em preparar a alimentação para passar uma água nas vasilhas que contenham alimentos antes de descartá-las. Assim, você evita mau cheiro e proliferação de insetos enquanto o material é armazenado à espera do catador.

4) Embale com jornal cacos de vidro e outros recicláveis que possam causar acidentes aos catadores durante o manuseio.

5) Deixe no local combinado com o catador. Caso ele não passe, os recicláveis serão levados pela Prefeitura durante a coleta normal e apenas alguns itens serão reaproveitados pelos garis (latinhas de alumínio por exemplo). Mas não desanime e não desista pois o hábito já criado em sua família é um passo muito importante para um planeta mais sustentável.

6) Pronto. viu como é simples? pois é, mais difícil é mudar os nossos hábitos e pensarmos mais no planeta e nas pessoas.

A Cooperativa mais próxima de Dias d'Ávila é a COOPMARC em Camaçari ( 3627-3793 / 3622-4019) e é uma ótima opção de destinação dos recicláveis caso não consiga encontrar um catador.

Existem alguns sucateiros na cidade, mas atenção: é bom verificar a forma como eles gerenciam os resíduos que recebem. É sempre bom verificar o que eles fazem com aqueles que não são recicláveis (se queimam ou jogam em terrenos baldios e córregos). Fique de olho também na forma como eles se relacionam com os catadores e também se comercializam com crianças.

No próximo post vamos falar sobre o que pode ser reciclável....até lá!

Boa reciclagem!

Ana Botelho

13 de jan. de 2010

Lixo vira energia em Camaçari

Actuale, em parceria com a Doutores do Meio Ambiente (DDMA), vai desenvolver estudos técnicos para a implementação de uma Usina de Tratamento de Resíduos Sólidos, com geração de energia, através de uma PPP, na cidade baiana

A Actuale fechou no final do ano passado um contrato com a LIMPEC – Limpeza Pública de Camaçari, para o desenvolvimento de estudos técnicos visando a implantação de uma Usina de Tratamento de Resíduos Sólidos, com geração de energia, através de uma PPP (Parceria Público Privada), no município baiano.

A usina deverá atender, também, o pólo de Camaçari, além das cidades de Dias D’Ávila, Lauro de Freitas, São Francisco do Conde, Candeias, Madre de Deus e Mata de São João, além de mais 150 empresas instaladas na região. O projeto tem como principal objetivo reduzir o impacto do lixo no meio Ambiente e contempla a gestão dos resíduos com Reciclagem dos materiais.

“Cada vez mais os municípios brasileiros têm percebido a importância de uma destinação adequada para o lixo produzido. Entre essas opções, a Usina de Tratamento de Resíduos Sólidos é, certamente, a mais inteligente, já que, além de prevenir o meio Ambiente da poluição, ainda gera energia limpa”, afirma Igor Furniel, diretor executivo da Actuale.

Este já é o quarto contrato assinado pela Actuale, em parceria com a DDMA, para a implantação deste tipo de usina no Brasil, sendo o primeiro fora do estado de São Paulo. Além destes, a empresa tem sido consultada por muitos outros municípios interessados no desenvolvimento da usina.

No mundo, hoje, são tratadas anualmente cerca de 130 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos através de tratamento térmico, gerando vapor e/ou eletricidade em mais de 700 instalações de Reciclagem energética em diversos países. Além da recuperação energética, nessas unidades é promovida a reutilização de metais.

Desde 1995, a capacidade mundial para a Reciclagem energética aumentou mais de 20 milhões de toneladas, incluindo países com legislações ambientais restritivas, como Dinamarca, França, Alemanha, Holanda e Suécia.

Vale ressaltar que na Política Estadual de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo, instituída pela Lei Estadual n°. 12.300/2006, a minimização dos resíduos por meio de incentivos às práticas ambientalmente adequadas de reutilização, Reciclagem , redução e recuperação é um dos princípios que norteiam a referida Lei. E, o projeto de lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos considera como rejeitos “resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos acessíveis e disponíveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada”.

Reciclagem Energética do Lixo
1 kg de lixo gera energia para:

• Secador de cabelos por 24 minutos

• Máquina de lavar por 20 minutos

• Geladeira por 2 horas e 52 minutos

• TV por 5 horas e 45 minutos

• Forno elétrico por cerca de 22 minutos

• Ferro elétrico por 43 minutos

• Computador por 5 horas.


Parceria Público-Privada no Brasil

O retrato do Brasil nos primeiros anos depois da virada do milênio mostrava um Estado reduzido, sem verbas para o investimento em grandes projetos de infra-estrutura. Neste período de insegurança e verbas extremamente rasas é que a lei das Parcerias Público-Privadas começou a ser pensada.

Segundo a Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústrias de Base (Abdib), o Brasil precisava injetar, em 2005, US$ 20 bilhões anuais para resolver os problemas de infra-estrutura. Na época, a expectativa de investimento público e privado nesta área representava pouco mais da metade deste valor, US$10,1 bilhões.

Até a regulamentação das PPPs, a forma mais acessível de conseguir a verba necessária para concretizar os grandes projetos era através de financiamento bancário. O Estado conseguia o dinheiro para as obras, mas acabava endividado, alimentando o ciclo corrosivo da falta de recursos. A lei nº. 11079/2004, a lei das PPPs, foi criada com a intenção de quebrar este ciclo e despertar o interesse do setor privado para concretizar projetos públicos.

Por meio das PPPs, o Estado se torna parceiro de uma empresa ou um grupo de empresas privadas para a execução de obras que Estado sozinho não teria condições de arcar com os custos. O empreendimento pronto pertence ao Estado, mas a empresa que construiu tem o direito de explorá-lo durante o tempo de concessão (5 a 35 anos). Ao final do período, tudo o que foi construído fica nas mãos do Estado.

Regulamentação

A história das PPPs no Brasil começou muito antes da lei das PPPs. Ainda no Brasil Império, D. Pedro II formalizou acordos com empresas estrangeiras para a construção da maior parte das ferrovias do país no século XIX.

A legislação em vigor desde dezembro de 2004 estabeleceu limites legais para estes acordos entre governos e empresas. Seguem estas regras projetos como trechos da BR-116 em Minas Gerais e Bahia, a Ferrovia Norte-Sul, o Arco Rodoviário do Rio de Janeiro, o Ferroanel de São Paulo e o trecho ferroviário entre as cidades Guarapuava e Ipiranga no Paraná.

Alguns Estados também estabeleceram regras para PPPs, como Minas Gerais (lei n° 14868/2003), São Paulo (lei n° 11688/2004), Santa Catarina (lei n° 12930/2004), Bahia (lei nº 9290/2004), Ceará (lei nº 13.557/2004), dentre outros. Tais leis regem as regras de concessões para a construção de equipamentos públicos entre empresas privadas e os governos estaduais, como, por exemplo, a Linha 4 do metrô de São Paulo e o Sistema de Disposição Oceânica do Jaguaribe, em Salvador.


Fonte: Happy Hour Comunicação

Você faz coleta seletiva em casa?